domingo, 30 de maio de 2021

Marussia F1 Team


Marussia Formula 1 Team renomeada em  2015 de Manor Marussia F1 Team disputou a F1 entre as temporada 2012 a 2015.

A sede da equipe era em Banbury, Oxfordshire, Reino Unido, o nome Marussia vem de uma fabricante de carros russa extinta. 

A equipe correu na temporada 2010 sob o nome de Virgin Racing e 2011 como Virgin Marussia Racing.


Timo Glock em 2010 com a Virgin Racing

Na primeira temporada na F1 como Marussia ( temporada de 2012) os pilotos eram o alemão Timo Glock e o francês Charles Pic (4. colocado na GP 2 de 2011).

 A equipe terminou em 11. lugar no campeonato mundial de Construtores e nenhum ponto para o carro MR-01. Os melhores resultados nesta temporada aconteceram no GP de Singapura, 12. colocado para Timo Glock e no GP do Brasil o 12. colocação para Charles Pic.


Charles Pic no GP da Malásia de 2012

Na segunda temporada, 2013 o segundo colocado da GP 2 o brasileiro Luiz Razia e o 4. colocado Max Chilton formaram a dupla de pilotos que guiaram o carro MR-02. Razia nem chegou a disputar um GP nesta temporada, por problemas com pagamento de um dos patrocinadores, o piloto brasileiro foi substituído pelo francês Jules Bianchi. 

Ao final da temporada, nenhum ponto e o 10. lugar no Mundial de Construtores a frente apenas da Caterham Renault.



Luiz Razia em teste pela equipe Marussia.



Jules Bianchi no GP da Malásia de 2013.


Para 2014 a Marussia anunciou um acordo com a Ferrari para aquisição do sistema de KERS, motores e transmissão. O francês Jules Bianchi e o inglês Max Chilton continuaram como pilotos da equipe e pilotaram o MR-03. No Grande Prêmio de Mônaco a equipe conquistou seus primeiros pontos com o 9. lugar de Jules Bianchi, que cruzou  a linha de chegada em oitavo, mas punido perdeu o posto para Romain Grosjean da Lotus.


Jules Bianchi e os 2 pontos da Marussia no GP de Mônaco.


Em outubro de 2014 no GP do Japão, em Suzuka, Jules sofreu um grave acidente na volta 44, quando seu MR-03 bateu em um trator que retirava o carro do piloto Adrian Sutil. Jules Bianchi não resistiu ao acidente e veio a falecer em 17 de julho de 2015.

Por dificuldades financeiras a equipe não disputou as etapas finais do Mundial de 2014 (EUA, Brasil e Emirados) e em novembro de 2014, demitiu 200 funcionários e encerrou suas atividades na F1. Ao final da temporada a equipe terminou em nono no Mundial de Construtores com 2 pontos.

Após o encerramento das atividades, um grupo de investidores comprou a equipe e em fevereiro de 2015 a equipe saiu da administração judicial e passou seu controle para a Manor Motorsport, assim a equipe teve seu nome renomeado para Manor Marussia F1 Team. o nome Marussia dava direito a premiação da temporada 2014, cerca de 30 milhões de Euro, graças ao pontos de Jules Bianchi no GP de Mônaco de 2014.

O carro usado era uma modificação da versão MR-03, o inglês Will Stevens e o espanhol Roberto Merhi formaram a dupla de pilotos para 2015. Roberto Merhi foi substituido pelo americano Alexander Rossi em 5 GPs (Singapura, Japão, EUA, México e Brasil) Ao final do campeonato nenhum ponto e o 10. lugar na classificação do Mundial de Construtores, em 2016 a equipe trocaria de nome e marcaria o fim da Marussia na F1.


Roberto Merhi no GP da Grã-Bretanha de 2015.


Ficha:

Motores: 
2012 - 2013 - Cosworth
2014 - 2015 - Ferrari

Primeiro GP: Grande Prêmio da Austrália de 2012

Último GP: Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2015

Grandes Prêmios: 73 iniciados

Melhor classificação no Mundial de Construtores: 9. colocada em 2014 (2 pontos)

Vitórias: -

Pódios: -

Pole Position: -

Voltas mais rápidas: - 

Pontos: 2

Pilotos:
2012: Timo Glock (alemão) e Chales Pic (francês)
2013: Jules Bianchi (francês) e Max Chilton (inglês)
2014: Jules Bianchi (francês) e Max Chilton (inglês)
2015: Will Stevens (inglês) e Roberto Merhi (espanhol) e Alexander Rossi (norte americano)

Pneus:
2012 - 2015: Pirelli






quinta-feira, 20 de maio de 2021

HRT F1 - Hispania F1

 Hispania Racing Team ou simplesmente HRT F1 Team. 



Equipe espanhola fundada pelo ex-piloto Adrián Campos com o nome Campos Grand Prix para a disputa do Mundial de Formula 1 de 2010, a equipe seria uma expansão da Campos Racing, que já competia em outras categorias, mas por dificuldades financeiras foi comprada e rebatizada com o nome HRT (Hispania Racing Team) pelo empresário espanhol José Ramón Carabante.

O primeiro carro foi construído pela italiana Dallara e os motores eram o Ford Cosworth e os pilotos eram Bruno Senna e o indiano Karun Chandhok.



Bruno Senna no GP do Bahrein de 2010.


Bruno Senna teve como melhor resultado na temporada de 2010 o 14. lugar no GP da Coréia do Sul, o indiano Karun Chandhok teve como melhor resultado o 14. lugar no GP da Austrália e de Mônaco. Bruno Senna disputou 18 etapas das 20 etapas deste ano. Chandhok 10 etapas das 20 etapas, ainda pilotaram o carro da HRT em 2010 o japonês Sakon Yamamoto, 7 etapas e melhor resultado um 15. lugar no GP da Coréia do Sul e o austríaco Christian Klien, 3 GPs  e melhor colocação no GP dos Emirados Arábes, 20. lugar.


Na temporada de 2011 a equipe desenvolveu o carro Hispania F111, pilotado pelo indiano Narain Karthikeyan, o italiano Vitantonio Liuzzi e pelo australiano Daniel Ricciardo, substuindo o indiano Narain Karthikeyan a partir do GP da Inglaterra, nona etapa do Mundial de 2011. O motor ainda era Cosworth e a caixa de câmbio foi comprada da equipe Williams. O carro não possui espaço para a utilização do sistema KERS, novamente a equipe andou no pelotão do final do grid, e o melhor resultado aconteceu no GP do Canadá, com Liuzzi em 13. lugar ao final da prova.



Liuzzi na Classificação do GP da Malásia de 2011


Daniel Ricciardo no GP da Grã-Bretanha.
fonte: https://www.ausmotive.com/2011/08/05/q-and-a-with-daniel-ricciardo.html


Na temporada de 2012, a última da equipe, o HRT F112 foi pilotado pelo indiano Narain Karthikeyan, que retornou a equipe, e pelo experiente piloto espanhol Pedro de la Rosa, novamente nenhum ponto no final do campeonato e apenas um 15. lugar no GP de Mônaco com Karthikeyan como melhor classificação no final da prova.



Pedro de la Rosa no GP da Malásia em 2012.


Ficha:

Motores: Cosworth

Primeiro Grande Prêmio: GP do Bahrein em 2010.

Último Grande Prêmio: GP do Brasil em 2012

Grandes Prêmios: 56

Melhor classificação no Mundial de Construtores:

Vitórias: -

Pódios: - 

Pole Position: -

Volta mais rápidas: -

Pontos: -

Pilotos:
2010 - Bruno Senna (Brasil), Karun Chandhok (India), Sakon Yamamoto (Japão) e Christian Klien (Austria)
2011 - Narain Karthikeyna (India), Vitantonio Liuzzi (Itália) e Daniel Ricciardo (Austrália)
2012 - Pedro de la Rosa (Espanha) e Narain Karthikeyan (India)

Pneus:
2010 : Bridgestone
2011 e 2012: Pirelli


quinta-feira, 11 de março de 2021

Caterham F1 Team

 Catherham F1 Team foi uma equipe malaia, depois com sede no Reino Unido, que disputou a F1 de 2012 a 2014, após a aquisição do Team Lotus pelo fabricante de carro britânico Tony Fernandes.

A equipe de Tony Fernandes originou-se incialmente com o nome Lotus Racing em 2010, adquirido a licença do nome Lotus da Proton, proprietária da marca Lotus. Em 2011 ao fim da licença ele renomeu a equipe para Team Lotus, A Proton iniciou um processo judicial contra Fernandes pelo nome lendário Lotus.

Fernandes adquiriu a Catherham Cars, marca de carros esportivos britânica e a equipe alterou seu nome para Catherham em 2012 e a Renault mudou seu nome para Lotus.

O Catherham CT01 foi pilotado por Heikki Kovalainen (Finlândia) e Vitaly Petrov (Rússia) em sua temporada de estréia.


Jarno Trulli no teste da pré-temporada em Jerez (Espanha) substituído antes do GP de abertura por Petrov.

A equipe terminou a temporada de 2012 sem nenhum ponto. No Mundial de Construtores terminou em décimo, à frente da Marussia. Sua melhor posição final aconteceu no GP do Brasil com Petrov terminando em décimo primeiro.

Na temporada de 2013 a equipe contratou o piloto da Marussia Charles Pic e o novato holandês Giedo van der Garde. A equipe não pontuou novamente no campeonato e terminou em último lugar no mundial de Construtores. Sendo o melhor resultado da equipe um décimo quarto lugar conquistado por Pic na Malásia e em Cingapura, e o décimo quarto lugar de van der Garde no GP da Alemanha.


Giedo van der Garde no GP da Malásia em 2013.


Em 2014 os pilotos Marcus Ericsson (Suécia) e Kamui Kobayashi (Japão) ocuparam os assentos da equipe, o proprietário Tony Fernandes já demonstrava insatisfação com os resultados da equipe e cogitava desistir da F1. No GP de Mônaco de 2014 a Caterham torna-se a equipe com o maior número de GP sem marcar um único ponto, já que a Marussia marca seu primeiro ponto com Jules Bianchi terminando em nono lugar o GP de Mônaco.

Em  julho de 2014 a equipe foi vendida para um consórcio de investidores suíços e do Oriente Médio, Kobayashi foi substituído pelo alemão Andre Lotterer no GP da Bélgica.


Ericcson no GP do Bahrein em 2014
https://www.racefans.net/2014/03/01/bahrain-test-two-day-three-pictures/cate-eric-bahr-2014-3-4/


Em outubro de 2014, Bernie Ecclestone deu autorização para a equipe não competir no GP dos EUA e do Brasil, enquanto encontrava novos compradores, apesar do regulamento prever penalidades para a ausência da equipe em uma das etapas do mundial.

No último GP da temporada de 2014 e o último da equipe, GP de Abu Dhabi, o CT05 alinhou-se no grid com os pilotos Kamui Kobayashi (17. lugar) e o inglês Will Stevens (abandou a prova). 


Kobayashi no GP de Abu Dhabi de 2014.
https://www.rediff.com/sports/report/caterham-confirms-it-will-race-in-abu-dhabi-f1-grand-prix-formula-one/20141114.htm


Ficha:

Motores: Renault

Primeiro Grande Prêmio: GP da Austrália de 2012

Último Grande Prêmio: GP de Abu Dhabi em 2014

Grandes Prêmios: 56

Melhor classificação no Mundial de Construtores: 10. lugar em 2012

Vitórias: -

Pódios: -

Pole Position: -

Voltas mais rápidas: -

Pontos: -


Pilotos:

2012 - Heikki Kovalainen (Finlândia) e Vitay Petrov (Rússia)

2013 - Charles Pic (França) e Giedo van der Garde (Holanda)

2014 - Marcus Ericcson (Suécia), Kamui Kobayashi (Japão), Will Stevens (Grã-Bretanha) e Andre Lotterer (Alemanha)


Pneus:

2012 - 2014: Pirelli



quarta-feira, 10 de março de 2021

Jaguar Racing F1 Team

 A Jaguar Racing Formula 1 Team foi fundada em 1999 com a compra da equipe Stewart pela Ford.



A Ford era fornecedora de motores da equipe Stewart em 1999 e com o quarto lugar no campeonato de construtores a montadora comprou a equipe de Jackie Stewart.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaguar_R1#/media/Ficheiro:2000_Jaguar_R1_3.0_Front.jpg


Em 2000 a equipe iniciou o campeonato com o vice campeão da temporada de 1999, Eddie Irvine que estava na Ferrari. Rubens Barrichello que correu pela Stewart em 1999 foi para a Ferrari no lugar de Irvine.

 Johnny Herbert foi seu companheiro na estreia da Jaguar F1, Johnny Herbert  obteve uma vitória com a equipe Stewat em 1999, o GP da Europa.

No inicio da temporada de 2000 os pilotos não conseguiram bons resultados, e Irvine só veio a pontuar no GP de Mônaco (sétima etapa do campeonato) com o quarto lugar. Durante a primeira temporada a equipe ficou no pelotão intermediário, oscilando entre o 7. lugar e o13. lugar. Somente na última prova do ano, Irvine voltou a pontuar, um sexto lugar no GP da Malásia. 

Johnny Herbert decide se aposentar no final do ano, sem nenhum ponto.

Em suma, a equipe termina sua primeira temporada em nono lugar no mundial de construtores com apenas 4 pontos.


Eddie Irvine pontua no GP de Mônaco em 2000.

https://www.reddit.com/r/F1Porn/comments/3f77kw/eddie_irvine_jaguar_r1_2000_monaco_gp_1600x1030/


Em 2001 a equipe efetiva o brasileiro Luciano Burti, piloto de teste na temporada de 2000, porém a passagem de Burti na Jaguar dura apenas 4 corridas, sendo substituído pelo espanhol Pedro de la Rosa. 

A equipe somente consegue pontuar novamente no GP de Mônaco com um terceiro lugar de Irvine, primeiro pódio da equipe. 

No GP seguinte, no Canadá, Pedro de la Rosa marca um ponto com o sexto lugar, o desempenho ainda não era o esperado pela montadora, e os pontos só voltaram a acontecer no 15. GP da temporada, na Itália, com de la Rosa em quinto e no 16. GP, nos Estados Unidos, com um quinto lugar de Irvine. 

No fim da temporada a equipe termina com 9 pontos e o oitavo lugar no Mundial de Construtores.


Luciano Burti no GP de San Marino de 2001.

Em 2002, a equipe mantém a dupla de pilotos, no primeiro GP da temporada, o GP da Austrália, somente 8 carros terminam e Irvine termina em 4. lugar.

Apenas no GP da Bélgica (14. corrida da temporada) a equipe volta a pontuar com o sexto lugar de Irvine. No próximo GP, o GP da Itália, vem o segundo e último pódio da equipe, com Irvine em terceiro, atrás das Ferrari. 

A equipe termina em sétimo lugar com 8 pontos. Pedro de la Rosa termina a temporada sem nenhum ponto e ruma para a McLaren para ser piloto de teste e Irvine se retira da categoria.



Pedro de la Rosa no GP da Austrália em 2002.

https://www.statsf1.com/en/jaguar-r3.aspx


Em 2003, a equipe contrata o australiano Mark Webber e o brasileiro Antônio Pizzonia, emprestado pela Williams. Pizzonia fica até a 11. etapa do Mundial (GP da Alemanha).

Antônio Pizzonia com um desempenho bem abaixo logo é substituído pelo inglês Justin Wilson que marca um ponto no GP dos Estados Unidos ao terminar em oitavo lugar. No final da temporada Mark Webber termina com 17 pontos e Wilson com 1 ponto. A Jaguar termina em sétimo no Mundial de construtores, com 18 pontos. 

Nesta temporada teve mudança nos pontos, do primeiro lugar ao oitavo lugar somava pontos para o Mundial de pilotos e construtores.

Pizzonia GP da Austrália em 2003

https://www.racefans.net/2014/01/05/f1-cars-picture-gallery-updated-150-cars/antonio-pizziona-of-brazil-and-jaguar-racing/


Em 2004, a equipe mantém Webber e contrata o austríaco Christian Klien, Webber obtém como melhor resultado um 6. lugar no GP da Alemanha e Christian Klien um sexto lugar no GP da Itália, a equipe termina a temporada com 10 pontos e o sétimo lugar no Mundial de Construtores.


Mark Webber no GP da Malásia em 2004


Ao final de 2004 a Ford se retira da categoria, dando lugar a Red Bull Racing a partir de 2005.


Ficha:


Motores: Ford Cosworth

Primeiro Grande Prêmio: GP da Austrália de 2000.

Último Grande Prêmio: GP do Brasil em 2004

Grandes Prêmios: 85

Melhor classificação no Mundial de Construtores: 7. em 2002 e 2004.

Vitórias: -

Pódios: 2

Pole Position: -

Voltas mais rápidas: -

Pontos: 49


Pilotos:

2000 - Eddie Irvine e Johnny Herbert (Grã-Bretanha) e Luciano Burti (Brasil)

2001 - Eddie Irvine (Grã-Bretanha), Luciano Burti (Brasil) e Pedro de la Rosa (Espanha

2002 - Eddie Irvine (Grã-Bretanha) e Pedro de la Rosa (Espanha)

2003 - Mark Webber (Austrália),  Antônio Pizzonia (Brasil) e Justin Wilson (Grã-Bretanha)

2004 -  Mark Webber (Austrália) e Christian Klien (Áustria)


Pneus:

2000 - Bridgestone

2001 a 2004: Michelin

quarta-feira, 3 de março de 2021

Forti Corse

Forti Grand Prix foi uma equipe italiana que teve uma passagem rápida pela F1 na década de 1990, a equipe foi fundada na década de 70 e disputava com sucesso a Fórmula 3 italiana.




A equipe fundada por Guido Forti contou com o apoio do empresário brasileiro Abílio dos Santos Diniz, com a condição que seu filho Pedro Paulo Diniz pilotasse pela equipe italiana.

O primeiro carro da equipe em 1995, Forti FG01, não foi competitivo e a equipe não marcou nenhum ponto em seu campeonato de estreia.


A Forti em vez de comprar de um fornecedor de carro na época, Dallara ou a Lola, preferiu projetar e construir seu próprio carro, o Forti FG01 era um carro desatualizado e acima do peso e muito lento.

O Forti FG01 era o único carro da temporada de 1995 com caixa de câmbio manual. O motor era o Ford-Cosworth ED V8 financiado em grande parte pela Ford do Brasil, desenvolvia menos potência que os motores Renault V10 que era fornecido para a Benetton e Williams.


Roberto Moreno no GP da Inglaterra em 1995

No primeiros GP, no Brasil, Diniz terminou na décima posição, mas sete voltas atrás do vencedor Michael Schumacher. No Grande Prêmio da Argentina , os dois pilotos terminaram a corrida, porém a nove voltas atrás do vencedor Damon Hill, em Imola, no terceiro Grande Prêmio da temporada de 1995, Diniz e Moreno terminaram a sete voltas atrás do vencedor, assim nos três primeiros GP a equipe não se classificou, já que não atingiu os 90% da prova para a contar na classificação.

A equipe era motivo de piada no paddock, era muito mais lenta que as outras equipes de mesmo patamar, como a Pacific, Simtek e Minardi, equipe com orçamentos menores para a temporada de 1995.


Moreno no GP de Mônaco de 1995

https://bandeiraverde.com.br/tag/forti-corse/

Como o orçamento e o regulamento permitia melhorias no carro, seu peso foi reduzido em 60 quilos (limite mínimo de peso era de 595kg) e uma caixa de câmbio semiautomática, além uma caixa de ar e remodelagem da frente da asa, sidepods e monocoque, além do aumento da equipe de técnicos e engenheiros trabalhando nos carros, assim, a equipe tornou-se mais competitiva, e conseguiu terminar todos os GP entre os classificados.

Na nona etapa da temporada de 1995, no GP da Alemanha, os carros da Forti superaram os carros da Pacific pela primeira vez, isso repetiu mais uma vez na temporada.

Na última etapa da temporada de 1995, Diniz chegou em 7. lugar, uma posição de marcar seus primeiros pontos e de sua equipe, Adelaide, GP da Austrália.



Diniz chega em 7. lugar no GP da Austrália em 1995.

No final da primeira temporada a sensação era de fracasso, muito dinheiro gasto e pouco resultado, Diniz tinha sua reputação como piloto de F1 prejudicada, levando alguns anos para provar que não estava apenas no esporte por causa do financiamento, e Roberto Pupo Moreno, piloto experiente não merecia um carro tão ruim em suas mãos.

A temporada de 1996 da F1 para a equipe italiana parecia promissora, com um motor mais potente (Ford Cosworth V8) e a segurança do patrocínio da família Diniz, foi cogitada até uma fusão com a Minardi, que estava com dificuldades. No entanto, Pedro Paulo Diniz assinou com a Ligier, ocupando o assento de Martin Brundle que foi para a Jordan, assim os patrocinadores trazidos por Diniz, como a Parmalat e a Marlboro partiram para a Ligier, o orçamento reduziu e a equipe teve que adotar o carro FG01 aprimorado com motor Ford Zetec-R V8.

No primeiro GP de 1996, Montermini e Badoer não conseguiram classificar para a corrida na Austrália. No segundo e terceiro GP (Brasil e Argentina) conseguiram classificar e terminar em décimo e décimo primeiro lugar nas corridas. Em Nurburgring a equipe ficou novamente fora da corrida, pois não atingiu o 107% na classificação.


Luca Badoer na equipe Forti em 1996.

Depois do GP de Mônaco correram rumores que a Forti não sobreviveria, assim, antes da corrida do GP da Espanha anunciou um acordo com a Shannon Racing. Na corrida da Espanha a equipe apareceu com uma nova pintura verde e branca, confirmando a aquisição de 51% da Forti pela Shannon Racing, mas os dois pilotos não conseguiram classificar para a corrida. Nos próximos GP Canadá e França a equipe conseguiu classificar os dois carros.

Andrea Montermini no GP do Canadá em 1996.

https://www.statsf1.com/pt/forti-fg03-96.aspx

A falência foi consumada nos dois próximos GP, no GP da Inglaterra a equipe estava sem dinheiro, Shannon Racing não pagou pelos 51% da equipe dentro do prazo estipulado após a conclusão do negócio, segundo Guido Forti e começava uma batalha nos tribunais pelos direitos da equipe italiana entre Guido Forti e a Shannon Racing, assim no GP da Inglaterra os carros da equipe apenas aparecem no treino livre.

No GP da Alemanha os dois carros permaneceram desmontados no box durante todo o fim de semana depois que os motores fornecidos pela Ford-Cosworth foi cortado por dívidas. 

A equipe competiu em um total de 27 GP, sem pontuar. A equipe é lembrada em uma época em que os grandes fabricantes de carros, as montadoras, entraram no esporte com um orçamento muito maior, sufocando as equipes menores.


Ficha:


Motores utilizados: Ford EDD e Ford Zetec-R

Primeiro Grande Prêmio: GP do Brasil em 1995.

Último Grande Prêmio: GP da Inglaterra em 1996.

Melhor classificação no mundial de construtores:  - 

Vitórias: -

Pódios: -

Pole Position: -

Voltas mais rápidas: -

Pontos: -


Pilotos:

1995 - Pedro Paulo Diniz e Roberto Pupo Moreno (Brasil)

1996 - Luca Badoer e Andrea Montermini (Itália)


Pneus:

1995 e 1996: Goodyear


terça-feira, 2 de março de 2021

Ligier F1


Ligier Formula 1 esteve presente na Formula 1 entre os anos de 1976 e 1996. A equipe francesa é montadora atualmente de microcarros e fundada pelo ex-piloto de corridas e jogador de rugby Guy Ligier. Teve como sede a cidade francesa de Vichy (entre 1976-1988) e Magny-Cours (entre 1989-1996).




A equipe entrou na Formula 1 ao adquirir a equipe Matra F1, em 1976 com um carro movido ao motor Matra V12.

Carro da temporada de 1976 da F1.
https://www.aquelamaquina.pt/efemerides/detalhe/hoje-ha-41-anos-ligier-chegou-a-f1-com-proposta-original.html



A primeira vitória chegou na temporada 1977, no Grande Prêmio da Suécia, com o piloto francês Jacques Laffite, está é considerada a primeira vitória totalmente francesa na F1, bem como a primeira vitória de uma equipe francesa e um motor francês.

Primeira vitória da Ligier com Laffite no GP da Suécia.
https://www.statsf1.com/en/ligier-js7.aspx


Em 1979, com o fim da parceira com a Matra, a equipe desenvolveu um carro - asa motorizado pela Cosworth, o Ligier JS11 começou vencendo as 2 primeiras corridas na mãos de Laffite. No decorrer da temporada a equipe perdeu espaço para a Ferrari e Williams, com os carros aerodinamicamente modificados.

O início dos anos 80 a equipe com o apoio de empresas públicas francesas, como a Gitanes a fizeram uma das melhores equipes da F1. A equipe começou a declinar por volta de 1982, testando um motor turbo da Matra V6 que não obteve sucesso, logo a equipe mudou de motor turbo para Renault tornando a equipe mais competitiva. 

Com o abandono da Renault em 1986, a equipe ficou sem fornecedor de motor e a Alfa Romeo foi a saída para a equipe, mas com as duras críticas de Rene Arnoux ao motor italiano, logo o acordo seria rompido, e a equipe passou a utilizar os motores Megatron (BMW renomeado), motor Judd  e Cosworth, em seguida Lamborghini, Renault e Mugen Honda.

Entre os anos de 1988, 1990 e 1991 a equipe não marcou nenhum ponto e no Grande Prêmio de San Marino de 1988 nem Rene Arnoux e Stefan Johansson se qualificaram para a corrida, sendo a primeira vez na história da equipe que nenhum carro compôs o grid.

Em 1993 a equipe foi vendida para Cyril de Rouvre, depois de uma temporada decepcionante em 1992 na qual a equipe contava com os mesmos motores da equipe campeã Williams Renault de 1992.

Em 1994 a equipe foi vendida a Flavio Briatore e Tom Walkinshaw, com o apoio da equipe Williams F1 com o objetivo de tornar a equipe em uma equipe junior da Williams F1, o carro JS43 com motor Mugen-Honda acabou sendo um carro bem equilibrado, obtendo a última vitória da equipe na categoria, no Grande Prêmio de Mônaco em 1996, com o piloto Oliver Panis, em uma corrida bem movimentada, na qual apenas 3 pilotos terminaram a prova. Sendo a primeira vitória totalmente francesa em Mônaco desde a vitória de René Dreyfus em 1930. Isso representa o fim de uma sequência de quase 15 anos sem vitória para a equipe Ligier F1, a mais longa de qualquer equipe ininterrupta na F1.

Panis ganha em Mônaco em 1996

https://esportesonline.com/noticias/corrida/olivier-panis-leva-sua-ligier-ao-triunfo-em-monaco


Em 1996 a equipe disputou sua última temporada e seu último GP foi no Japão. O Brasileiro Pedro Paulo Diniz  marcou 2 pontos pela equipe francesa com 2 sexto lugares, 11 pontos atrás de Panis.



http://portalsportszone.com.br/tag/pedro-paulo-diniz/


Em 1997 a equipe era comprada por Alain Prost e a Prost Grand Prix era fundada.


Ficha:

Motores utilizados: Matra, Ford - Cosworth, Renault, Megatron, Judd, Lamborghini  e Mugen-Honda.

Primeiro Grande Prêmio: GP do Brasil em 1976.

Último Grande Prêmio: GP do Japão em 1996.

Melhor classificação no mundial de construtores: 2. colocado em 1980 com 66 pontos.

Vitórias: 9

Pódios: 50

Pole Position: 9

Voltas mais rápidas: 10

Pontos: 388 pontos

Pilotos:
1976 - Jacques Laffite (França)
1977 - Jacques Laffite (França) e Jean-Pierre Jarier (França)
1978 - Jacques Laffite (França)
1979 - Patrick Depailler (França) , Jacky Ickx (Bélgica) e Jacques Laffite (França)
1980 - Didier Peroni e Jacques Laffite (França)
1981 - Jean-Pierre Jarier (França), Jean-Pierre Jabouille (França), Patrick Tambay (França) e Jean-Jacques Laffite (França)
1982 - Eddie Cheever (EUA) e Jacques Laffite (França)
1983 - Jean-Pierre Jarier (França) e Raul Boesel (Brasil)
1984 - Francois Hesnault (França) e Andrea de Cesaris (Itália)
1985 - Andrea de Cesaris (Itália), Philippe Streiff (França) e Jacques Laffite (França)
1986 - Rene Arnoux (França), Jacques Laffite (França) e Philippe Alliot (França)
1987 - Rene Arnoux (França) e Piercarlo Ghinzani (Itália)
1988 - Rene Arnoux (França) e Stefan Johansson (Suécia)
1989 - Rene Arnoux (França) e Olivier Grouillard (França)
1990 - Nicola Larini (Itália) e Philippe Alliot (França)
1991 - Thierry Boutsen (Bélgica) e Erik Comas (França)
1992 - Thierry Boutsen (Bélgica) e Erik Comas (França)
1993 - Martin Brundle (Grã-Bretanha) e Mark Blundell (Grã-Bretanha)
1994 - Eric Bernard, Franck Lagorce e Olivier Panis (França) e Johny Herbert (Grã-Bretanha)
1995 - Aguri Suzuki (Japão) e Martin Brundle (Grã-Bretanha) e Oliver Panis (França)
1996 - Olivier Panis (França) e Pedro Paulo Diniz (Brasil)

Raul Boesel em ação pela equipe Ligier em 1983.

http://rrminis.blogspot.com/2016/12/f1-raul-boesel-ligier-1983.html



Pneus:
Entre 1976 a 1980: Goodyear
Entre 1981 a 1984: Michelin
De 1985 a 1986: Pirelli
Entre 1987 a 1996: Goodyear